A interrogatória que intitula o texto é sem dúvida uma das perguntas mais aplicada pelos irmãos que acessam as páginas deste domínio, e isso nos alegra muito em Cristo, pois é plenamente justificável a surpresa dos irmãos dado ao teor das mensagens que expressam a essência da verdade anunciada no Evangelho de Cristo.

E nós não temos templo na sua cidade, aliás, não temos igreja em lugar nenhum porque anunciamos o Evangelho tentando imitar os Apóstolos de Cristo, reunimo-nos nas casas dos irmãos de forma simples, sem liturgias e rituais tradicionalmente manipulado pelas instituições religiosas, para que o Espírito Santo de Deus se manifeste e edifique a igreja.

Porque partindo-se do princípio bíblico estabelecido no livro de Atos 17.24, onde a Palavra assegura que, o Deus Altíssimo que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens, então detalhamos aos irmãos, que somos membros do Corpo de Cristo (I Coríntios 12.27), porque o nosso corpo é o templo de Deus e o Espírito Santo habita em nós (I Coríntios 3.16), e isso anula todo sistema dogmático criado pelo homem, o qual acabou gerando uma cultura ilusória que, para servir a Deus se faz necessário enclausurar-se numa estrutura física edificada por mãos humanas, rotulada por uma placa.

A Palavra de Coríntios 1.10 a 13, alerta para que fujamos da doutrina do homem, e diz: Rogo-vos, porém, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo que digais todos uma mesma coisa e que não haja entre vós dissensões; antes, sejais unidos em um mesmo sentido e de um mesmo parecer.

Quero dizer com isso, que cada um de vós diz: Eu sou de Paulo, e eu de Apolo, e eu, de Cefas, e eu, de Cristo. Está Cristo dividido? Foi Paulo crucificado por vos? Ou fostes vós batizados em nome de Paulo? A palavra exorta que os servos de Cristo sejam de um mesmo parecer, unânimes em uma só fé, ratificada em I Coríntios 3.4, onde diz: Porque, dizendo um: Eu sou de Paulo; e outro: Eu, de Apolo; porventura, não sois carnais?

Amados irmãos, o atual sistema evangélico religioso confronta a Palavra, e isso não poderia estar acontecendo porque é a dissensão do Corpo de Cristo, observem: Está Cristo divido? Foi Paulo crucificado por vós? Fostes vós batizados em nome de Paulo?

Portanto, se o irmão é membro do Corpo de Cristo, não poderá membrar-se em ministério de homem para que a sua fé não seja vã, quem ama a Cristo, guarda os seus mandamentos (João 14.14). No princípio da igreja primitiva (Atos 2) não era assim, havia seriedade entre os apóstolos e discípulos de Cristo, os quais realizavam a obra de Deus solidificados numa mesma fé, perseveravam numa só doutrina onde se pregava verdadeiramente o Evangelho do Reino por toda parte, nas casas, praias, praças, eventualmente nos templos dos judeus porque eles queriam continuar no uso da lei de Moisés, e o Apóstolos lhes anunciavam a oferta da salvação pelo sacrifício do sangue do nosso Redentor.

Atualmente há uma “igreja” em cada esquina, cada uma com doutrina própria, buscando atrativos para aliciar os que buscam servir a Deus, disputando os fieis como se fossem clientes e usando a estrutura material onde se reúnem como pontos comerciais. Pregam um evangelho híbrido, fácil, e sem compromisso com a verdade deixando espaçosa a porta que o Senhor Jesus declarou estreita, e visam apenas os prazeres da carne e as prosperidades materiais.

A surpresa é iminente quando anunciamos que não fazemos parte da igreja institucional, essa falácia religiosa criada pelo homem, o qual desvirtuou o propósito principal do sacrifício de Cristo, a reconciliação do homem com Deus e a salvação para a vida eterna. Criaram um evangelho paralelo chamado evangelho da prosperidade, o qual é voltado apenas para o conforto material e o bem estar desta vida, mas a Palavra em I Coríntios 15.19, afirma que: Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.

Hoje, aquilo que dizem ser a “Igreja de Cristo” está distante da verdadeira igreja primitiva que conhecemos no Novo Testamento, onde o sustentáculo da igreja era verdadeiramente a fé em Cristo, e maravilhas aconteciam pelas mãos dos homens de Deus, havia virtude do Espírito Santo até nas sombras dos Apóstolos, mas Deus continua o mesmo, ontem, hoje, e será eternamente, então o que está acontecendo com a Igreja?

Atualmente os ministrantes só falam em dinheiro, e quando anunciamos a verdade que servimos a um Deus vivo que cura, salva e liberta de graça, muitos não creem, porque estão doutrinados a ouvir mentiras, o que prevalece é a doutrina do homem que condicionou as bênçãos e a salvação pelos dízimos e ofertas, porque não conseguem ou não querem discernir a divisão que há na Palavra separando o Antigo Testamento, ou seja, a lei dada por Moisés e o Novo Testamento da Graça e a Verdade estabelecido por Jesus Cristo, onde ninguém precisa sacrificar e nem pagar mais nada porque Jesus pagou o mais alto preço pela nossa salvação, com o seu próprio sangue.

Mas tudo o que precisamos é tratar a obra de Deus com seriedade, buscar sabedoria espiritual para guardar os mandamentos do Senhor com simplicidade e singeleza de coração, buscando sempre fazer a sua vontade, sem acrescentar e nem ocultar nada do que está escrito.

Apesar de não fazermos parte do sistema religioso criado pelo homem, somos uma verdadeira igreja edificada e membrada no Corpo de Cristo, fundamentados na Palavra em I Coríntios 12.12 e 27 onde relata: Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também.

Ora, vós sois o corpo de Cristo e seus membros em particular. A certeza que somos a igreja de Cristo e o nosso corpo o templo do Espírito Santo de Deus afasta a necessidade de instituirmos uma “igreja” nos moldes das empresas de iniciativa privada, com razão social, CNPJ e nome fantasia, sistema adotado pelas instituições religiosas eclesiásticas.

E com toda segurança não estamos violando a lei de Deus e nem tão pouco a lei terrena, porque para anunciar o Evangelho de Cristo não se faz necessário estabelecer estatuto, normas de conduta e abrir firma junto às entidades governamentais, mesmo porque no nosso meio não há comercialização da Palavra de Deus, porque Cristo já pagou o mais alto preço e escreveu o Novo Testamento pela aspersão do seu próprio sangue que por muitos foi derramado para remissão dos pecados e a salvação da vida eterna.

A Palavra narra que Deus não habita em templos feitos por mãos de homens, e Mateus 18.20, disse Jesus: Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou eu no meio deles.

Por essa razão não temos a estrutura material, chamada pelo homem de igreja, justamente para não gerar despesas para os irmãos, porque Cristo nos dá a certeza que nós somos o templo de Deus e o seu Espírito Santo habita em nós.

O nome da placa da igreja não passa de mais uma doutrina do homem, portanto somos membros da mesma igreja que serviam os apóstolos e discípulos Cristo, à saber: A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo (Tiago 1.27). Ainda há vozes clamando no deserto.